A decisão anunciada ontem pela Uefa, de liberar a decisão dos campeonatos nacionais de acordo com o entendimento de cada federação, pareceu para muitos analistas a desistência de completar o que foi paralisado pelo coronavírus. Não foi esta a intenção. O que a Uefa deseja é o complemento de todos os torneios dos países até 3 de agosto, para realizar uma super decisão da Champions League num hiper mês de agosto.
O plano é ousado e faltou coragem para a Uefa determinar as datas. Se tudo der certo, e depende da pandemia, a final da Liga Europa acontecerá no dia 27 de agosto e a decisão da Champions League em 29 de agosto. Desde sábado (18), esperava-se o anúncio das datas, mas na terça-feira (21) o diário francês L’Equipe anunciou que os dias e locais das finais não seriam reafirmados.
Mesmo sem o anúncio das datas, o plano é este.
No meio da crise, a Uefa foi confusa e contraditória. Disse que queria o fim dos campeonatos nacionais até 3 de agosto e refutou a decisão da Bélgica de decretar o Brugge campeão. Ora, os belgas julgaram que não havia como completar o torneio até 3 de agosto e tomaram sua decisão. Agora, a Uefa mantém o limite de 3 de agosto e libera que se decrete os campeões com a classificação do dia da paralisação ou como as federações desejarem, desde que termine na data marcada e que o título seja definido de acordo com questões esportivas, não políticas nem discriminatórias.
Tudo porque querem te seis datas no oitavo mês do ano, para realizar a Super Champions. O ano não vai ter Euro, nem Copa América, nem Olimpíada. Mas pode ter uma maratona de Champions League.
“O plano da Uefa é otimista. Mas pode dar certo”, diz um analista europeu.
Com: Blog do PVC